Não posso adorar o que não existe, o diabo não é criação da minha religião.

domingo, 27 de junho de 2010

Festas Juninas


Estas festas católicas são um misto da religião e paganismo. A festa que louva, por exemplo, São João Baptista bate com a chegada do solstício. Segundo a Igreja, São João, teria nascido em 24 de Junho, a mesma noite destinada à festa ao nascer do dia.
Com rituais adaptados, a festa Junina possui celebrações semelhantes aos ritos pagãos: o casamento caipira, por exemplo, reverencia o culto à fertilidade. Muitas vezes, a noiva esta gravida, reverenciando a mãe que traz luz ao mundo. A quadrilha é realizada para agradecer a boa colheita da roça. A comida, à base de milho, presente  em quase todas as culturas, representada a fertilidade e prosperidade, considerando sua origem, a semente.
Na antiguidade também havia a crença de que durante o solstício de inverno, almas do outro mundo estava solta na terra. Esta presente no imaginário popular a ideia de que essas almas vinham ao mundo para fazer o mal e só a luz seria capaz de espantá-las. Sinos e bandeiras eram pendurados para que soassem quando algum espírito se aproximasse.
Comida, docinhos e lanternas também eram pendurados para que os espíritos que gostavas sem da luz se aproximassem e comessem, ajudando a proteger as pessoas. Tudo permanecia iluminado durante a noite mais longa do ano.
Nas comemorações, fogueiras  também eram acesas para livrar as plantações dos espíritos maus que podiam impedir a fertilidade.
As danças em volta da fogueira simbolizam a luz e o calor necessários à vida e uma forma de cultura a árvore que representa a resistência á morte, ao mesmo tempo se transformar em cinza voltando para a terra. A fogueira deveria permanecer acesa até p amanhecer. Um pedaço de tronco era guardado nas casas durante todo o ano como proteção. Esses pedaços era usado para acender a fogueira no próximo ano.
As cinzas da madeira utilizada na fogueira eram misturadas à ração, para auxiliar na na reprodução dos animais, além de espalhar sobre as plantações, para assegurar uma nova vida Primavera fértil. Através de festas se vivenciavam as mudanças: o fim de um período e o inicio de outro, com todo o seu potencial mágico e divino.


Como veio para o Brasil

As primeiras referencias às festas de São João no Brasil datam de 1603 e foram registrada pelo frade Vicente de Salvador, que aqui estavam da seguinte forma: "os índios acudiam a todos os festejos dos portugueses com muita vontade, porque são muito amigos de novidades, como no dia de São João Baptista, por causa das fogueiras e capelas".
Os rituais tinhas canto, dança e comida. E como os índios adoravam vários elementos da natureza e a época coincidia com  seca em muitas regiões do país, época em que o solo seco deveria ser preparado para o plantio, as comemorações foram ganhando força: hora de agradecer a fartura do ano anterior e pedir que ela se repita na próxima colheita.
Essa coincidencia de comemorações fez com que as festas juninas ficassem entre as preferidas da população.
As festas de Santo António e de São Pedro só começaram a ser comemoradas mais tarde, mas, como também aconteciam em Junho, passaram a integrar as chamadas festas juninas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário