Não posso adorar o que não existe, o diabo não é criação da minha religião.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A nova questão estratégica mundial.


Ainda que, vista do cosmos, a terra apareça como o planeta azul, a água doce represente apenas 3% dos recursos disponíveis em H²O. uma parte considerável desse estoque é, alem disso, de difícil acesso, pos é constituída de reservas muito profundas e de gelo. No total, menos de 1% das reservas planetárias esta á disposição da humanidade. Mas a expansão do sistema econômico traz á quantidade e á qualidade de água pesadas ameaças, fontes de tensões políticas.

Devemos os sociólogos alemães Karl Wittfogel a primeira reflexão de amplitude sobre a hidropolítica. Para ele, o domínio da água constitui um elemento essencial do poder: aquisição de água potável, irrigação de cultura e navegação fluvial são funções em torno das quais fortes autoridades coletivas estão organizadas, e mesmo a base de grandes Estados. (..)

as necessidades globais de água (...) não cessaram de crescer desde 1950, e a humanidade já esta confrontada com múltipla crise nestes setores. Com efeito, este recurso vital esta longe de ser repartida de maneira homogenia no espaço e no tempo. E ele é, sobretudo, distribuído muito desigualmente em termos sócias. Assim, o consumo diário varia de mais de 600 litros por pessoa nos Estados Unidos a menos de 10 litros em certos paises africanos. Em escala mundial, a agricultura é o maior consumidor (70%), seguida da industria (20%); depois vem o consumo direto da população (10%).


(DELÉAGE, Jean-Paul. A nova questão estratégica mundial. Cadernos Lê Monde Diplomatique, nº 3, 2003, p. 5 e 6)

Nenhum comentário:

Postar um comentário